NOTAS BIOGRÁFICAS DO ARTISTA LUÍS FRANÇA Luís França Machadonasceu em Ponta Delgada, em 1953. Em 1972, com dezanove anos, entrou para a Faculdade de Belas Artes de Lisboa onde foi aluno de Jorge Pinheiro, Rogério Ribeiro, e do escultor Lagoa Henriques, em desenho. Não sendo estes os únicos professores ao longo dos seus estudos, foram no entanto aqueles que mais o influenciaram. Licenciou-se em pintura em 1977. Em Ponta Delgada, ainda antes de partir para Lisboa, Luís Françatrabalhou com Rui Aguiar,pintor do Porto, a residir em Ponta Delgada, e com oMedeiros Cabral,no atelier experimental de artes plásticas, sediado nas instalações do Colégio do Infante, onde trabalharam com a orientação e apoio do Pintor Tomaz Vieira. Colaborou, nessa altura, com a Cooperativa Sextante e com a Galeria Teia. Com estas participou na montagem e organização de diversas exposições, incluindo de Tomaz Vieirae de Ana Vieira,realizadas nessa altura. Desde a altura em que veio estudar para as Belas Artes, tem desenvolvido o seu trabalho de pintor; vive e tem atelier na zona de Sintra. Foi professor de Artes Visuais no ensino oficial e no AR.CO, escola de artes sediada em Lisboa, onde trabalhou nos departamentos de pintura e desenho. Em 1973, a Galeria Teia, com a colaboração do Pintor Tomaz Vieira, organizou a primeira exposição individual de Luís França. Em 1976 realizou a segunda exposição individual no Museu Carlos Machado,com a colaboração de Tomaz Vieira e de Nestor de Sousa, na altura Diretor do Museu. Desde essa altura tem tido muitas exposições individuais e coletivas, trabalhou com galerias, nomeadamente com a galeria Fonseca Macedo. Está representado em instituições como o Centro Cultural da Caloura, Direcção Regional da Cultura, Museu de Angra do Heroísmo e Museu Carlos Machado, EDA-Electricidade dos Açores, Coleção Manuel de Brito, Montepio Geral, Caixa Vigo, Universidade do Açorese outras instituições e colecções públicas e privadas. Participou também das primeiras feiras de arte que se fizeram em Portugal, em Lisboa, no Porto e na Madeira. Durante alguns anos a pintura de Luís Françarefletia a ausência da figura humana, concentrando-se sobre espaços, jogando com os planos de cor inundados de luz, quase próximo da abstração. “ A pintura de Luís Françaremete-nos para o espaço interior-écran, onde a luz irrompe disseminando-se numa mobilidade cambiante de reflexos. A estrutura geométrica desta pintura, funciona como painel de captação de luz. A brancura excessiva da luz desconjuntura e imaterializa, tornando evanescente o que à partida era marcadamente geométrico-estrutural. ” Assim se referia o crítico de arte Emídio Rosa de Oliveira, que acompanhava o desenvolvimento do trabalho do artista. Por volta de 1992, as figuras começaram a surgir nas telas do autor, que passou a interessar-se pela figura humana, inicialmente de forma muito simplificada, e mais tarde, de forma mais concreta e materializada. Na sequência deste interesse parecia inevitável a abordagem do retrato, que passou a acontecer pontualmente com a representação dos familiares mais próximos e amigos. Em 2001, na primeira exposição na Galeria Fonseca Macedo,isto é verificável, nomeadamente no “Retrato do pintor Tomaz Vieira”, pintura que hoje se encontra no Centro Cultural da Caloura, que tanto é uma homenagem ao pintor como ao amigo,… “ Daqui resulta, por coerência de atitude estética, não haver em cada quadro hierarquia entre valores de figuração e de abstracção, porque aqueles, são sugestões das formas essenciais e o espaço foi criado como experiência subjectivada. E isto é válido igualmente, para o acto de memória afectiva personalizada intitulado “Retrato“, na aparente discrepância de ser também auto-retrato“, escrito por Nestor de Sousa, no catálogo da referida exposição. Nos anos seguintes outras pessoas apareceram retratadas, como por exemplo o escultor Canto da Maiae o poeta Armando Cortes Rodrigues. O retrato de Canto Da Maia,hoje na coleção da Direcção Regional de Educação, esteve em exibição na galeria Fonseca Macedo, na exposição individual do artista “O Corpo e a Alma”.O retrato de Armando Cortes Rodriguesé da mesma época de outro retrato do Canto da Maia,que se encontra na colecção do artista. Ambos aparecem de forma perfeitamente justificada, como figuras de relevo da cultura e das artes nos Açores e no País, acrescendo ainda razões de ordem pessoal e afetiva para que o artista os tivesse escolhido como tema dos seus quadros. EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (SELECÇÃO) 2004 O Corpo e a Alma, Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada 2001 Fábulas Contemporâneas e um retrato, Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada 1997 Pintura, Galeria Altamira, Lisboa 1995 Museu Santos Rocha, Figueira da Foz 1992 S.R.E.C., Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada 1991 Galeria Altamira, Lisboa Galeria Arco 8 + Marconi, Ponta Delgada S.R.E.C Angra do Heroísmo 1989 Galeria Altamira, Lisboa 1988 Galeria Arco 8 + Marconi, Ponta Delgada 1976 Museu Carlos Machado, Ponta Delgada 1973 Galeria Teia, Ponta Delgada EXPOSIÇÕES COLECTIVAS (SELECÇÃO) 2004 Evocações da Paisagem, teatro Micaelense – C.C.C., Açores Feira de Cáceres, Forosur 2004, Galeria Fonseca Macedo, Espanha Feira de Arte Contemporânea, Arte Lisboa 2004, Galeria Fonseca Macedo, Lisboa 2003 Feira de Arte Contemporânea, Arte Lisboa 2003, Galeria Fonseca Macedo, Lisboa Arte 13, promovida pela Casa de Cultura de São Miguel, Açores 2002 Feira de Arte Contemporânea, Arte Lisboa 2002, Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada 2001 Desenhos Recentes, Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada 2000 A Window on the Azores – Museu de Arte Moderna, New Bedford, USA 1999 A Window on the Azores - Bermuda Gallery, Hamilton Dos Açores para Timor, Hospital Divino Espírito Santo, Ponta Delgada 1998 Galeria Arco 8, Turismo do Funchal 1997 Marca Festival de Arte Contemporânea, Galeria Altamira, Funchal Pintores Açoreanos em Macau, Galeria Arco 8 1996 Fórum Atlântico de Arte Contemporânea, Galeria Altamira, Porto 1994 Miart Arte Oggi in Europa, (feira de arte), Milão 1993 14 Artistas Portugueses Saifu, Museu de Arte Moderna de Saitama, Japan 1991 III Bienal dos Açores e do Atlântico 1990 Açorianos na Arte Contemporânea (homenagem a Canto da Maya) Museu do Nordeste Meio Século de Açores – SEC, delegação do Porto 1989 Segundo Fórum de Arte Contemporânea com a Altamira, Lisboa Grupo Pontilha, com o escultor José França Machado, Ribeira Grande, São Miguel 1988 Fórum de Arte Contemporânea, Galeria Altamira, Lisboa 1987 Marca 87, Festival de Arte Contemporânea, Galeria Altamira, Funchal Mateo, XXV, 30 – Poligrupo Renascensa, Lisboa Pintura, Palácio dos Anjos, Algés 1986 Arte/Móvel, Longra + AR.CO, Lisboa AR.CO no Montepio Geral, Lisboa Galeria Altamira, Lisboa 1984 Percursos, Teatro Ibérico, Lisboa Palácio dos Anjos, Algés 1983 Desenhos no AR.CO, Lisboa Palácio dos Anjos, Algés 1980 Galeria S. Francisco, Lisboa 1979 Galeria Opinião, Lisboa 1978 Pintura, Desenho e Gravura – Galeria da E.S.B.A.L. 1973 Seis Artistas Micaelenses na Galeria Degrau, Angra do Heroísmo